sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Arrogância

08/09/2011.
Acordei hoje e os noticiários todos, relembravam a tragédia de 11.09.

Alguém chegou a comentar que as duas bombas lançadas, uma em Hiroshima e outra em Nagazaki, mataram mais pessoas do que o atentado de 11.09, como se ambos tivessem sido atentados terroristas. Quem disse isto, esqueceu-se, por evidente, dos 6.000.000 de judeus mortos, esqueceu-se dos ciganos, dos franceses, belgas, holandeses, americanos, brasileiros, ciganos, etc. Por evidente que uma guerra e um ato terrorista não se justificam. Mas os lançadores das duas bombas não iniciaram os fatos e o ato jamais pode ser classificado como terrorista.

Mas, vamos o que interessa. Quando tomei meu caféi, chovia e as previsões eram de enchente em Blumenau. (outra vez, diriam os que vivem aqui e vivem Blumenau).

Fui para o escritório pensando num plano de ação. Projetamos, pensamos, agimos, todos nós,  advogados, estagiários, funcionários, técnico de TI.

Montamos nossa estratégia de guerra. Pessoal, Servidores, Energia, etc.

Meio dia. Pedimos almoço para o pessoal do escritório e liberamos quem tivesse necessidade.

15:00 horas. A Fabíola (minha filha) e eu saímos do escritório, a água estava começando a chegar na rua. Voltamos à pé para casa. Os carros já tinham sido protegidos.

Vocês não imaginam as cenas nas lojas no cento de Blumenau. Caminhões estacionados como dava, pessoal procurando carregar mercadorias e instalações como desse. Dava vontade de chorar ao imaginarmos um local vivo, pujante, transformado em um cenário de guerra, todos se ajudando, gente saindo de casa indo ao centro ajudar amigos, conhecidos, vizinhos, demonstrando solidariedade, amizade, amor por Blumenau.

Chegamos em casa, e já sabíamos, ficaríamos em Blumenau, não fugiríamos. Viveríamos e sentiríamos mais uma enchente. Mas estaríamos em Blumenau, com Blumenau, seu povo e sua gente. Afinal, somos Blumenau.

Passamos a noite acordados, acompanhando o rio, rio que vai sempre nos acompanhar.

Porém, não admitimos que, gente que não conhece Blumenau, que não vive Blumenau, que não é Blumenau, venha nos chamar de arrogantes e que a gente vá pedir ajuda na Alemanha.

A tais pessoas, respondemos; Agradecemos ao povo que nos ajudou em outras catástrofes e estamos sempre presentes para ajudar quem precise.

E, se você, que nos chamou de arrogantes e nos mandou pedir ajuda na Alemanha, por favor, quando precisar de ajuda, nos procure, estamos à disposição para te ajudar.

Boa Noite.

(Texto sem qualquer correção)